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Resumo
- Uma nova versão da Alexa deve ser apresentada na próxima semana, trazendo suporte à IA generativa.
- A assistente poderá automatizar tarefas domésticas com mais eficiência, oferecendo controle de temperatura e iluminação, por exemplo.
- Rumores indicam que a Alexa com IA avançada será oferecida por meio de um plano pago, custando entre US$ 5 (R$ 28,50) e US$ 10 (R$ 57) mensais nos EUA.
Muita gente que tem um dispositivo compatível com a Alexa está com a sensação de que, nos últimos meses, a assistente de voz da Amazon “emburreceu”. Essa percepção pode mudar na próxima semana, quando uma Alexa potencializada por IA deverá ser anunciada. Mas o que esperar dela?
Começa pela inteligência artificial generativa
Já existe inteligência artificial na Alexa, desde que a tecnologia surgiu, em 2014. Mas, em sua nova versão, é de se esperar que a assistente de voz seja capaz de dar respostas mais bem elaboradas ao usuário graças à sua integração a modelos de IA generativa.
Na prática, dever se como se a Alexa incorporasse o ChatGPT, ou seja, gerasse conteúdo (respostas) com base nas instruções dadas pelo usuário (prompts). A diferença aqui é que essa interação será feita predominantemente por voz.
Não está claro se é o ChatGPT que, de fato, será integrado à Alexa. Na verdade, os rumores dão conta de que a Amazon integrará a assistente à tecnologia da Claude AI. Veremos.
Muita gente usa a Alexa para acender as luzes de casa, controlar a temperatura do ar-condicionado, acessar as câmeras de segurança do local, e assim por diante. Fala-se que a nova Alexa manterá o suporte a tudo isso, mas tentará automatizar tarefas relacionadas ao conceito de casa inteligente.
Um exemplo hipotético: a Alexa poderá aprender o horário que você costuma chegar em casa, bem como a temperatura que mais te agrada e, assim, ajustar o ar-condicionado automaticamente todos os dias, sem ser necessário dar comandos para isso.
O que mais podemos esperar da nova Alexa?
É de se esperar que a nova Alexa também seja mais precisa, sendo capaz de compreender até contextos para não dar respostas incoerentes ou não solicitadas pelo usuário.
Também existe a expectativa de que a nova Alexa funcione em dispositivos Amazon Echo atuais ou em aparelhos de outros fabricantes já existentes que são compatíveis com a assistente. Faz sentido, afinal, o processamento das interações com o usuário é feito a partir das nuvens.
Sobre a compatibilidade com idiomas, não está claro se a nova Alexa funcionará apenas em inglês na fase inicial. Mas, se isso acontecer, o suporte a outras línguas não deve demorar, afinal, as LLMs atuais já são capazes de lidar com múltiplos idiomas.
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É verdade que a nova Alexa será paga?
A Amazon ainda não confirmou essa informação, mas há boas chances de que a Alexa “turbinada” com IA generativa seja paga, sim. Os rumores falam em um valor entre US$ 5 e US$ 10 (R$ 28,50 a R$ 57) por mês nos Estados Unidos.
Pelo menos dois fatores poderão justificar a possível decisão da Amazon de implementar um modelo de assinatura pela nova Alexa:
- tarefas de IA demandam grande capacidade de processamento, e isso pode fazer a Amazon ter custos consideráveis com infraestrutura;
- a Amazon nunca conseguiu tornar a Alexa um serviço realmente rentável, e a nova versão pode trazer essa oportunidade.
Para quem não estiver disposto a pagar, a versão atual da Alexa deverá continuar sendo oferecida, de graça. Provavelmente, ela será identificada como Classic Alexa (ou Alexa Clássica, no Brasil).
Não demorará para descobrirmos o que, de fato, a nova versão da assistente oferecerá. A Amazon deve revelar a Alexa com IA generativa em 26 de fevereiro. O Tecnoblog trará os detalhes, é claro.